A LEI DE RECORRÊNCIA

A MECÂNICA VIVA DA LEI DE RECORRÊNCIA

Nós havíamos falado da personalidade que começa a se formar nos primeiros anos da infância e ela se forma  no convívio com os pais, irmãos e familiares, com os colegas da escola, da rua e o exemplo dos adultos é definitivo para a formação da personalidade infantil. Nos primeiros anos de vida só se manifesta a Essência, conferindo a criança  o seu encanto, a sua formosura e beleza natural em todos os aspectos psicológicos. Quando a personalidade vai tomando forma então é quando surge o ego que se utiliza da pernona para se manifestar. Então veja que  o ser humano nasce com a Essência e não com a personalidade. A personalidade vai sendo formada com o que vemos e aprendemos em nossa casa, na escola, na rua etc., daí que o bom exemplo é indispensável para a qualidade de formação da personalidade que pode ou não entrar em harmonia e em equilíbrio com sua Essência. Importante saber  que a personalidade quando está formada começa a ser utilizada por eus psicológicos antigos, que criamos através das existências, e que irão determinando comportamentos e acontecimentos  que se repetem, pela lei de recorrência. Vejamos, abaixo, maiores explicações do V.M. Samael Aun Weor:


"Conhecemos a fundo a mecânica viva da lei de recorrência. Por exemplo, um sujeito X, que numa existência passada fora, vamos dizer, adúltero, que deixou sua mulher por outra dama; é claro que ao renascer traz em sua psique o eu do adultério, o mesmo que cometeu o delito. Ele poderá não se expressar nos primeiros anos da infância, ser-lhe-á impossível, pois o caso aconteceu, suponhamos,  na idade de trinta anos. Fora de dúvida, o eu do adultério, aguardará no fundo da psique, no terreno do infra-humano, nas esferas subjetivas, que chegue a citada idade, os famosos trinta anos. Quando esta idade chegar, esse eu ressurgirá com grande força, se apoderará do intelecto, do centro emocional e do centro instintivo-motor-sexual da máquina para ir buscar a dama de seus sonhos. Antes, porém, já terá posto em contato telepático com o ego daquela dama, possivelmente até marcaram encontro em algum lugar da cidade, talvez num parque ou numa festa; obviamente depois vem o reencontro. Interessante é ver como esse ego pode falar ao intelecto, movimentar os centros emocional e motor da máquina e levá-la justamente no local onde tem de se encontrar com a dama de seus sonhos. Inevitavelmente, o mesmo procedimento se realizará e a cena se repetirá outra vez tal como aconteceu.

Suponhamos que um cavalheiro X  brigou com outra pessoa num bar em sua passada existência por tal ou qual motivo. Creem você que pelo fato do corpo físico ter deixado de existir aquele eu terá desaparecido? Não!... Simplesmente continuará na dimensão desconhecida. Quando o ego renascer, quando retornar, quando tornar a tomar um novo corpo, chegará o momento em que poderá  entrar em atividade.  Aquele eu aguardará a idade em que o fato aconteceu na vida passada. Se foi aos 25 anos, esperará que chegue a referida idade; enquanto isso permanecerá no fundo da psique. Quando chegar o momento, ele se apoderará dos centros da máquina    para repetir a façanha. Antes, porém, já se terá posto em contato telepático com o outro sujeito Y e terão combinado o encontro em outro bar possivelmente. Lá, ao se olharem, se reconhecerão e se ofenderão mutuamente com a palavra e o fato se repetirá. Vejam vocês que por baixo de nossa zona de consciência e da nossa capacidade de raciocinar cumprimos com diferentes compromissos. Assim é como a lei de recorrência trabalha. Esta é a mecânica de tal lei. Claro que as coisas vistas desta maneira, deste modo,  aquilo que na verdade poderíamos denominar livre arbítrio, liberdade total, não existe, não temos. É bem pouco a margem de livre arbítrio que temos. É bem pouco a margem de liberdade que possuímos. Em realidade e na verdade, estamos metidos dentro da mecânica da lei de recorrência e isto é lamentável. Se um homem não trabalha a sua própria vida, esse homem estará perdendo miseravelmente seu tempo. De que modo poderemos nos libertar da lei da recorrência? Pois, trabalhando a nossa própria vida.

Comentário:

Aqui  vemos o quanto é importante a prática da auto-observação e a morte do ego de instante a instante, pois com a morte psicológica vai despertando a CONSCIÊNCIA e surgindo a COMPREENSÃO sobre muitas coisas, podendo-se evitar acontecimentos fatídicos e desagradáveis que irão se repetir no tapete das existências pela mecanicidade da lei de recorrência. E é claro que chega uma determinada hora ou existência que teremos que quitar o karma relativo ao adultério ou adultérios, bem como vários outros erros que os eus psicológicos fazem-nos cometer por não termos consciência dos mesmos. 

Vamos colocar abaixo, trechos relevantes de outras explicações do Mestre Samael sobre a Lei de Recorrência, porque o mundo e sua civilização vai mudando com o passar do tempo, mas a Lei de Recorrência está presente mesmo em meio as estas mudanças também recorrentes... A terceira guerra mundial, por exemplo, que é algo esperado por muitos, é também uma recorrência de ordem planetária e não individual e que poderia ser evitada se a humanidade tivesse mais consciência...

"Com uma série de insólitos relatos quero explicar, agora, o que é a Lei da Recorrência. Certamente, a citada lei nunca foi, para mim, algo novo, estranho ou extravagante. Em nome disso que é o divinal, devo afirmar, de forma especial, que essa pragmática regra só a conheci através de minhas inusitadas vivências. Dar fé de tudo aquilo que, realmente, temos experimentado diretamente, é um dever para com nossos semelhantes. Jamais quis escapulir, safar-me, intelectualmente, dessa múltipla variedade de recordações, relacionadas com minhas três existências anteriores e o que corresponde à minha vida atual. Para o bem da Grande Causa, pela qual estamos lutando intensamente, prefiro arcar, assumir responsabilidades, pagar, confessar francamente meus erros, ante o veredito solene da consciência pública.

Francamente e sem rodeios, é oportuno declarar, agora, que eu fui, na Espanha, o Marquês Juan Conrado, terceiro grande senhor da província de Granada. É evidente que essa foi a época dourada do famoso império da Espanha; o cruel conquistador Hernán Cortês, aleivoso qual nenhum, havia atravessado, com sua espada, o coração do México, enquanto o desapiedado Pizarro, no Peru, fazia fugir as cem mil virgens. Como muitos nobres e plebeus, aventureiros e perversos, em busca da fortuna, embarcavam, constantemente, para a Nova Espanha, eu, de modo algum, podia ser uma exceção. Numa simples caravela, frágil e ligeira, naveguei durante vários meses por entre o borrascoso oceano, com o propósito de chegar a estas terras da América. Não está demais asseverar que jamais tive a intenção de saquear os sagrados templos dos augustos mistérios, nem de conquistar povos ou destruir cidadelas. Andei, certamente, por estas terras da América em busca de fortuna; desafortunadamente, cometi alguns erros. Estudá-los é necessário, para conhecer as paralelas e verificar, conscientemente, a sábia Lei da Recorrência. Esses eram meus tempos de bodhisatwa caído e que, por certo, não era uma mansa ovelha. Haviam passado séculos e, como tenho a Consciência desperta, jamais pude olvidar tanto desatino." ( V.M. Samael Aun Weor )

Comentário:

Bothisatwa caído é a Alma humana do Íntimo ( nosso Mestre Interno ). O Íntimo ( Átman ) tem duas almas: a Alma Espiritual ( Budhi ) e a Alma Humana ( Manas ). Átman-Budhi-Manas é a tríade primária que faz parte de nosso Ser Interno, assim como também faz parte o PAI, o FILHO ( Cristo ) e o ESPÍRITO SANTO ( Shiva/Shakti ). Átman-Budhi-Manas são as três forças primárias do SER, são desdobramentos do Triangulo Logóico PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO.  ÁTMAN é o Espírito Divino ( o Mestre Interno ), BUDHI é a Alma Espiritual e MANAS é a Alma Humana ( o Bothisatwa ).  

O Bothisatwa ( Alma Humana ) é o iniciado que criou os corpos solares Astral, Mental e Causal ( os chamados trajes de bodas da Alma ) e, por ter criado os corpos crísticos solares e encarnado sua Alma Humana ( Manas ) e seu Átman ( o Mestre Interno ), transformou-se num ANJO.  Bothisatwa caído é aquele que cometeu alguma falta, geralmente por ter fornicado e abandonado o Grande Arcano AZF e, portanto, se apartou das dimensões superiores, passando a viver aqui entre sonhos e entre nós humanóides,  com a consciência adormecida. É claro que, com a caída, perde-se grande parte da Consciência por voltar a criar o ego. Entenda que quem cai é a Alma Humana ( o bothisatva ) mas NUNCA o Íntimo e nem Budhi, sua Alma Espiritual. O Mestre Samael nos relatou que em nosso mundo existem vários bothisatwas caídos, completamente inconscientes, sem saberem que um dia foram anjos e que viveram entre os anjos nas dimensões superiores... A Alma Humana do Mestre Samael Aun Weor  estava caída e se levantou nesta existência( SAMAEL é o nome sagrado e eterno do ÍNTIMO ), deixando-nos um precioso ensinamento, que vem do Cristo Samael, através do Movimento Gnóstico Cristão Universal. Então veja, o Mestre Interno ( Samael Aun Weor, por exemplo ) nunca cai, sempre permanece nas dimensões superiores, quem cai é a sua Alma Humana ( o bodhisatwa ), daí a expressão bothisatwa caído. 

Cabe aqui esclarecer que o Mestre Interno ( o ÍNTIMO, que é o verdadeiro Espírito ), não fica ligado a criança que nasce, através do cordão de prata. Quem se conecta é a sua ESSÊNCIA, que é uma fração de Alma. Para o Mestre Interno ficar conectado é necessário criar os corpos solares, é necessário encarnar o ÍNTIMO; E é ELE quem possui o conhecimento espiritual, transcendental e metafísico, muito além do entendimento meramente intelectual. Continuemos:

"A primeira paralela que devemos estudar corresponde exatamente com meu atual corpo físico. Havendo chegado em frágil embarcação da mãe pátria, eu me estabeleci muito perto dos alcantilados nestas costas do Atlântico. Por aqueles tempos da conquista espanhola, existia, desgraçadamente, este outro negócio internacional, relacionado com a infame venda de negros africanos. Então, para bem ou para mal, conheci uma nobre família de cor, originária da Argélia. Todavia recordo uma donzelinha tão negra e tão formosa como um sonho milagroso das Mil e Uma Noites. Sim, compartilhei com ela o leito dos prazeres no jardim das delícias; fui, realmente, movido pelo incentivo da curiosidade; queria conhecer o resultado deste cruzamento racial. Que disto nascera um rebento mulato, nada tem de raro; mais tarde veio o neto, o bisneto e o tataraneto. Naqueles tempos de bodhisatwa caído, eu me esqueci das famosas marcas astrais que se originam no coito e que todo desencarnado leva em seu Karmasaya. Resulta palmário e manifesto que tais marcas relacionam a pessoa com aquelas pessoas e sangue, associados com o coito químico; é oportuno dizer, agora, que os iogues do Indostão haviam feito já, sobre isto, detidos estudos. Não está demais asseverar que meu atual corpo físico advém da citada cópula metafísica; com outras palavras direi que assim vim a ficar vestido com a carne que levo em minha presente existência. Meus antepassados paternos foram, exatamente, os descendentes daquele ato sexual do Marquês. Assombra que nossos descendentes, através dos tempos e da distância, convertam-se em ascendentes. É maravilhoso que, depois de alguns séculos, venhamos a revestir-nos com nossa própria carne, a converter-nos em filhos de nossos próprios filhos.

Viagens incessantes por estas terras da Nova Espanha caracterizavam a vida do Marquês e estas se repetiram em minhas subsequentes existências, incluindo a atual. Litelantes, como sempre, esteve ao meu lado, suportando, pacientemente, todas essas loucuras de meus tempos de bodhisatwa caído. Chegando o outono da vida, em cada reencarnação, confesso, sem rodeios, que sempre tive que marchar com a sepultadora; quero referir-me a uma antiga iniciada pela qual sempre abandonava a minha esposa e que, em uma e outra existência cumpriu com seu dever de dar-me cristã sepultura. No entardecer da minha vida presente, voltou a mim essa antiga iniciada; reconhecimento imediato; porém, como já não estou caído, repudiei-a com doçura, ela se afastou afligida. 

Revestido com essa personalidade altiva e até insolente do Marquês, iniciei o retorno à mãe pátria, depois de certa asquerosa bronca, motivada por um carregamento de diamantes em bruto, extraídos de uma mina muito rica. Para o bem de muitos leitores, não está demais dar certa ênfase ao asseverar, cruelmente, que, depois de um curto intervalo na região dos mortos, tive que entrar novamente em cena, reencarnando-me na Inglaterra. Ingressei no seio da ilustre família Bleler e me batizaram com o piedoso nome de Simon. Com o florescer juvenil, transladei-me à Espanha, movido pelo anelo íntimo de retornar à América. Assim trabalha a Lei da Recorrência. Obviamente, repetiram-se, no espaço e no tempo, as mesmas cenas, idênticos dramas, similares despedidas, etc., incluindo, como é natural, a viagem através do borrascoso oceano. Intrépido, saltei à terra nas costas tropicais da América do Sul, habitadas, então, por diferentes tribos. Explorando tais e quais regiões selváticas, habitadas por animais ferozes, cheguei ao vale profundo de Nova Granada, aos pés das Montanhas de Montserrat e Guadalupe ( Colômbia ), formoso país governado pelo Vice-Rei Solis. É inquestionável que, por esses tempos, de fato, começava a pagar o Karma que devia desde os anos de Marquês. Entre estes crioulos da Nova Espanha, ressaltavam inúteis meus esforços por conseguir algum trabalho bem remunerado; desesperado pela má situação econômica, ingressei, como um simples soldado raso, no exército do soberano; pelo menos ali encontrei pão, abrigo e refúgio. Sucedeu que, num dia festivo, bem de manhã, as tropas de Sua Majestade se preparavam para render honras muito especiais ao seu chefe e, por isso, distribuíam-se aqui, lá e acolá, realizando manobras com o propósito de organizar filas. Todavia, recordo um certo sargento mal encarado e brigão que, revistando seu batalhão, dava gritos, maldizia, batia, etc. De repente, chegando diante de mim, insultou-me gravemente, porque meus pés não se achavam em correta posição militar e, depois, observando detalhes minuciosos da minha jaqueta, aleivoso esbofeteou-me. O que sucedeu logo não é muito difícil de adivinhar. Nada de bom se pode esperar jamais de um bodhisatwa caído. Sem reflexão alguma, torpemente, cravei minha afiada baioneta sanguinária em seu aguerrido peito. O homem caiu na terra ferido de morte; gritos de pavor por toda parte se escutavam; mas, eu fui astuto e aproveitando precisamente a confusão, a desordem e o espanto, escapei daquele lugar, perseguido muito de perto pela soldadesca bem armada. Andei por muitos caminhos, rumo às escarpadas costas do Oceano Atlântico; buscavam-me por onde quer que seja e, por isso, evitava sempre a passagem pelos postos, dando muitos rodeios através das selvas. Nos caminhos carreteáveis - que bem poucos eram naqueles tempos - passavam a meu lado algumas carruagens arrastadas por parelhas de briosos corcéis; em tais veículos viajavam pessoas que não tinham meu Karma, pessoas endinheiradas. Um dia qualquer, à beira do caminho, perto de uma aldeia, achei uma venda humilde e nela penetrei com o ânimo de beber um copo; queria animar-me um pouco. Atônito! Confuso! Assombrado fiquei ao descobrir que a dona desse negócio era Litelantes. Oh! Eu a tinha amado tanto e agora a encontrava casada e mãe de vários filhos. Que reclamação podia fazer? Paguei a conta e saí dali com o coração desgarrado... Continuava a marcha pela estrada, quando, com certo temor, pude verificar que alguém vinha atrás de mim: o filho da senhora, uma espécie de alcaide rural. Tomou a palavra aquele jovem para dizer-me: _"De acordo com o Artigo 16 do Código do Vice-Rei, está o senhor detido." Inutilmente tratei de suborná-lo; aquele cavalheiro, bem armado, conduziu-me ante os tribunais e é óbvio que, depois de ser setenciado, tive de pagar uma longa prisão pela morte do sargento. Quando saí em liberdade, caminhei pelas ribeiras selvagens e terríveis do caudaloso rio Magdalena, exercendo muito duros trabalhos materiais por onde quer que tivesse a oportunidade. Como nota interessante do presente capítulo, devo dizer que a Essência desse alcaide, pelo qual tive que passar tantas amarguras, encerrado em uma imunda masmorra, retornou com corpo feminino; é, agora, uma filha minha; por certo que já até mãe de família é; deu-me alguns netos. Antes de seu reingresso interroguei, nos mundos supra-sensíveis, a essa alma; perguntei-lhe sobre o motivo que a induzia a buscar-me por pai; respondeu-me dizendo que tinha remorsos pelo mal que me havia causado e que queria portar-se bem comigo para emendar seus erros. Confesso que está cumprindo sua palavra. Naquela época, eu me estabeleci nas costas do Oceano Atlântico, depois de infinitas amarguras kármicas, repetindo assim, todos os passos do insolente Marquês Juan Conrado ... O melhor que fiz foi haver estudado esoterismo, a medicina natural, a botânica. Os nobres aborígenes daquelas terras tropicais, brindaram-me com seu amor, agradecidos por meu trabalho de galeno: curava-os sempre em forma desinteressada... Algo insólito sucede certo dia: Trata-se do espetacular aparecimento de um grande senhor, vindo da Espanha: Esse cavalheiro me narrou seus infortúnios. Trazia, em sua nave, toda sua fortuna e os piratas o seguiam. Queria um lugar seguro para seus ricos tesouros. Fraternalmente lhe ofereci consolo e até lhe propus abrir uma cova e guardar nela suas riquezas. O senhor aceitou meus conselhos, não sem antes exigir-me solene juramento de honradez e lealdade. Com a fragrância da sinceridade e o perfume da cortesia, entre ambos nos entendemos. Depois dei ordens à minha gente, um grupo muito seleto de aborígenes. Estes últimos entreabriram a superfície da terra. Feito o buraco metemos ali, com grande diligência, um baú grande e uma caixa menor, contendo pedaços de ouro maciço e jóias de incalculável valor. Mediante certos exorcismos mágicos logrei o encantamento da "joiarada guardada", como dissera Dom Mário Roso de Luna, com o propósito de fazê-la invisível ante os desagradáveis olhos da cobiça. O cavalheiro me remunerou muito bem, fazendo-me generosa entrega duma bolsa com moedas de ouro e logo se afastou desses lugares, fazendo a si próprio o propósito de voltar a sua mãe pátria, para trazer, dali, a sua família; pois desejava estabelecer-se senhorialmente nestas belas terras da Nova Espanha. O relógio de areia do destino jamais está quieto; passaram os dias, os meses e os anos e aquele bom homem jamais regressou; talvez morreu na sua terra ou caiu vítima da pirataria que, então, infestava os sete mares. Não sei..." ( V.M. Samael Aun Weor )

"Velhas tradições antiquíssimas nos dizem que muita gente dessas costas do Caribe esteve buscando o tesouro de Bleler. Curioso é que aqueles nobres aborígenes que antes enterraram tão rica fortuna, estejam novamente reincorporados, formando o grupo do S.S.S. Assim trabalha a Lei da Recorrência. Recordo, claramente, que, depois daquela minha borrascosa existência com a supradita personalidade inglesa, fui constantemente invocado por essas pessoas que se dedicam ao espiritismo ou espiritualismo. Queriam que lhes dissesse qual era o lugar onde se encontrava guardado o delicioso dourado; cobiçavam o tesouro de Bleler; porém, é evidente que, fiel a meu juramento na região dos mortos, jamais quis entregar-lhes o segredo.

Repetindo os passos do insolente Marquês Juan Conrado, em minha subsequente existência vim a reencarnar-me no México. Batizaram-me com o nome de Daniel Coronado; nasci no norte, pelos arredores de Hermosillo, lugares todos estes conhecidos em outros tempos pelo Marquês. Meus pais quiseram todo o bem para mim e, jovem, inscreveram-me na Academia Militar; mas tudo foi em vão. Qualquer dia desses tantos, aproveitei mal um fim de semana, em banquetes e bebedeiras com amigos cavaleiros. Confesso ainda, com certa vergonha, que tive que regressar à casa com o uniforme de cadete sujo, rasgado e envilecido... É óbvio que meus pais se sentiram defraudados. É ostensível que não voltei jamais à Academia Militar. Indubitavelmente, desde esse momento começou meu caminho de amarguras... Afortunadamente reencontrei, então, Litelantes. Ela se achava reencarnada com o nome de Lígia Paca (ou Francisca). Em boa hora me recebeu por esposo... Biografar qualquer vida resulta, de fato, um trabalho muito difícil e de substancioso conteúdo e, por isso, só faço ressaltar, com fins esotéricos, determinados detalhes. Inquestionavelmente, eu não gozava de folgada situação, dificilmente ganhava o pão nosso de cada dia. Muitas vezes comia com o mísero salário de Lígia; ela era uma pobre mestra de escola rural e para cúmulos até a atormentava com meus execráveis ciúmes. Não queria ver com bons olhos a todos esses seus colegas do magistério que lhe ofereciam amizade... No entanto, algo útil fiz por aqueles tempos: formei um belo grupo esotérico gnóstico em pleno Distrito Federal. Os estudantes de tal congregação, em minha atual existência, de acordo com a Lei de Recorrência, retornaram a mim... Durante o cruento regime porfirista tive um cargo, por certo não muito agradável, na Polícia Rural. Cometi o erro imperdoável de ajuizar ao famoso "Golondrino", perigoso bandoleiro que assolava a comarca; é claro que tal maligno morreu fuzilado... Em minha atual existência reencontrei-o, reincorporado em humano corpo feminino; sofria delírio de perseguição; temia que o encarcerassem por furto; lutava por desatar-se de certos laços imaginários; cria que já o iam fuzilar ... é claro que cancelei minha dívida, curando dita enferma. Os psiquiatras haviam falhado lamentavelmente; eles não foram capazes de saná-la. Ao estalar a rebelião contra Dom Porfírio Diaz, abandonei o nefasto posto na Rural. Então, com humildes proletários de picareta e pá, pobres peões enganados das fazendas dos amos, organizei um batalhão. Era, certamente, admirável este valioso punhado de gente humilde armada apenas com sabres, pois ninguém tinha dinheiro para comprar armas de fogo. Afortunadamente, o General Francisco Villa nos recebeu na Divisão do Norte; ali nos deram cavalos e fuzis. Não há dúvida de que, por esses anos de tirania, lutamos por uma grande causa; o povo mexicano gemia sob as botas da ditadura... Em nome da verdade, devo dizer que minha personalidade como Daniel Coronado foi, certamente, um fracasso. O único pelo qual valeu a pena viver foi pelo grupo esotérico no Distrito Federal e por meu sacrifício na revolução... A meus companheiros da rebelião lhes digo: Abandonei as filas quando enfermei gravemente. Nos posteriores dias dessa vida tormentosa, andei pelas ruas do Distrito Federal, descalço, com as roupas aos pedaços, faminto, velho, enfermo e mendigando. Com profundo pesar confesso, francamente, que vim a morrer numa casa imunda. Ainda recordo aquele instante em que o galeno, sentado numa cadeira, depois de haver-me examinado, exclama, movendo a cabeça: - "Este caso está perdido." E logo se retirou. O que de imediato continua é tremendo: sinto um frio espantoso como o gelo da morte. A meus ouvidos chegam gritos de desespero: São Pedro, São Paulo, ajudai-o! Assim exclama essa mulher à qual chamo sepultadora. Estranhas mãos esqueléticas me agarram pela cintura e me tiram do corpo físico. É óbvio que o Anjo da Morte interveio. Resolutamente corta, com sua foice, o cordão de prata e logo me bendisse e se afasta. Bendita morte! Quanto tempo fazia que te aguardava! Por fim chegaste em meu auxílio! Bastante amarga era minha existência! Ditoso, repousei nos mundos superiores depois de inúmeras amarguras. Certamente, a humana dor dos mortais tem, também, seu limite, mais além do qual reina a paz. Desafortunadamente, não durou muito aquele repouso entre o seio profundo da eternidade. Um dia qualquer, muito quietinho, veio a mim um dos brilhantes Senhores da Lei. Tomou a palavra e disse:_"Mestre Samael Aun Weor, já tudo está pronto! Siga-me!" Eu respondi de imediato: _Sim, Venerável Mestre! Está bem, segui-lo-ei. Andamos então, juntos por diversos lugares e penetramos, por fim, em uma casa senhorial; atravessamos um pátio e, depois, passamos por uma sala e logo entramos na recâmara da matrona; ouvimos que se queixava, sofria dores de parto... Esse foi o instante místico em que vi, com assombro, o cordão de prata de minha existência atual, conectado, psiquicamente, ao infante que estava por nascer. Momentos depois, aquela criatura inalava com avidez o prana da vida. Senti-me atraído para o interior desse pequeno organismo e logo chorei com todas as forças de minha alma... Vi, ao meu redor, algumas pessoas que sorriam e confesso que, especialmente, me chamou a atenção um gigante que me olhava com carinho; era meu progenitor terrenal. Não está demais dizer, com certa ênfase, que aquele bom autor de meus dias fora, na época medieval, durante os tempos de cavalaria, um nobre senhor ao qual tive de vencer em cruentas batalhas. Jurou, então, vingança e é claro que a cumpriu em minha presente existência. Muito jovem abandonei a casa paterna, movido por dolorosas circunstâncias e viajei por todos aqueles lugares onde antes estivera em pretéritas existências. Repetiram-se os mesmos dramas, as mesmas cenas. Litelantes apareceu, novamente, em meu caminho; reencontrei-me com meus velhos amigos; quis falar-lhes, porém não me conheceram; inúteis foram meus esforços para fazê-los recordar nossos tempos idos. Sem embargo, algo novo sucedeu em minha presente reencarnação; meu Real Ser interior fez esforços desesperados, terríveis por trazer-me ao caminho reto do qual me havia desviado desde há muito tempo. Confesso, francamente, que dissolvi o ego e que me levantei do lodo da terra. É óbvio que o eu está submetido à Lei da Recorrência; quando o mim mesmo se dissolve, adquirimos liberdade, independizamo-nos da citada lei. A prática me ensinou que as diferentes cenas das diversas existências se processam dentro da espiral cósmica, repetindo-se sempre, já em espirais mais altas ou mais baixas. Todos os fatos do Marquês, incluindo suas inúmeras viagens, repetiram-se sempre em espirais cada vez mais baixas nas três reencarnações subsequentes. 

Existem, no mundo, pessoas de repetição automática exata; pessoas que renascem sempre no mesmo povo e entre sua mesma família. É evidente que tais egos já sabem de memória seu papel; e até se dão ao luxo de profetizar sobre si mesmos: é claro que a constante repetição não lhes deixa esquecer acontecimentos, por isso parecem adivinhos. Estas pessoas costumam assombrar seus familiares pela exatidão de seus prognósticos..." ( V.M. Samael Aun Weor )


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Gnose Samael Gnosis Gnósticos

Gnósticos da Era de Aquário

Em defesa do V.M. Samael Aun Weor

 

Gnose Samael Gnosis Gnósticos 

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CHACAL ( I )

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CHACAL (II)

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Os Infiltrados no Orkut

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Frases de Samael Aun Weor

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Sobre o nome Samael

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Prática Gnóstica Revolucionária

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A TRANSFORMAÇÃO DAS IMPRESSÕES

A TRANSFORMAÇÃO DAS IMPRESSÕES; importante conferência do Grande Mestre Samael Aun Weor aos seus discípulos.

O Grande Mestre Samael proferiu uma conferência muito importante aos seus discípulos conhecida como Transformação das Impressões. Trata-se de um tema prático a ser também aplicado no diário viver para que não venhamos criar mais eus psicológicos ao se identificar com as impressões que nos chegam através dos sentidos. 

 

Poderíamos dizer que transformar as impressões corresponde aquela frase do Mestre Jesus que, ao ser perguntado sobre o que fazer quando nos batem na face, ele respondeu: ofereça-lhe a outra. O dar a outra face do Cristo não pode ser traduzida ao pé da letra e sim no sentido, por exemplo, de transformar as más impressões  que surgem em nosso interior e assim evitar reações mecânicas previsíveis e reações desastrosas indesejáveis. 

Vamos dar um exemplo simples para efeito de ilustração. Hoje é comum numa roda de amigos alguém nos oferecer drogas. Normalmente o jovem para ficar bem com o amigo ou com os colegas da  roda, aceita a droga, com o receio de ser menosprezado ou rejeitado pelos amigos do grupo etc. Se o indivíduo sabe transformar  esta impressão ele não aceita o bagulho e sai diplomaticamente da situação para ir em busca de outros amigos. Claro que aqueles colegas de roda poderão se sentir ofendidos e pensar o pior dele, talvez alguém grite: Papai não quer, mamãe não deixa? Risadas soarão quase que inevitavelmente, entre outras posturas ferinas que poderão haver. Observe que o indivíduo,  ao não aceitar a droga e ter ficado indiferente as palavras constrangedoras e zombeteiras, o que ele fez foi justamente dar a outra face, conforme dito por Jesus Cristo, pois NÃO REAGIU ante as galhofas e seguiu firme em sua decisão e, desta maneira, evitou-se enredar num problema maior que é começar a usar drogas, podendo-se ainda cair no vício para se tornar escravo do mesmo, como acontece com muitos jovens. No entanto, ele não se sentiu diminuído e nem humilhado porque transformou todas estas impressões, ao compreender que, por covardia, aceitamos usar drogas; ele compreendeu que é fraqueza e escravidão psicológica fumar o bagulho para não se sentir diminuído na roda ou até mesmo não ser aceito no grupo ( só como um pequeno exemplo ); compreendeu também que pegar na diamba é sustentar o tráfico que vem flagelando a humanidade pelo consumo de cada jovem, de cada indivíduo ( vide ruas de Filadélfia,  cracolândias etc ); compreendeu que não é ser amigo quem lhe oferece droga e que tragá-la é queimar neurônios torpemente; é  falar de transcendentalismo e liberdades individuais, totalmente dependente e escravo de narcóticos ( observe a contradição! ). Há aqueles que se sentem libertos, corajosos e pessoas de vanguarda por usarem drogas, sem saber todavia que são prisioneiros da psicologia de consumo; são marionetes de uma inteligência oculta com propósitos destrutivos. E existem aqueles que consomem drogas apenas socialmente ( para não se viciar ) e assim passam a consumi-las anos e quase toda a existência afirmando absurdamente não serem dependentes, com todos os seus prejuízos...

Saiba mais em: 

http://gnosesamaelgnosisgnosticos.blogspot.com.br/2016/02/mestre-rabolu-faz-revelacoes-ocultas.html

 

Veja também:

Contracultura; o que não nos contaram...

https://www.blogger.com/blog/post edit/598177705351681707/2660236629080565018

 

Toda esta COMPREENSÃO lhe fez transformar as impressões, evitando-se criar eus psicológicos, dentre eles o eu do vício.  Se não transforma-se as impressões , torna-se mais uma vítima para seguir acreditando de que usar o baseado seria normal e que "abriria" a mente e a "consciência" e todas aquelas mentiras e falácias...

 

O gnóstico ( o verdadeiro ) é um guerreiro e tem em suas mãos um escudo e uma espada. A ESPADA é a eliminação do ego pela auto-observação e petição contínua a Mãe Divina interior.  O ESCUDO é a compreensão que o faz transformar as impressões. Conforme vamos eliminando o ego pela morte em marcha, vai aumentando a compreensão sobre muitas coisas e a compreensão é o escudo que nos impede de ficar criando mais eus psicológicos.  São batalhas que se travam dentro de si mesmo. As batalhas de que fala a Bíblia são BATALHAS INTERNAS, contra si mesmo, contra uma legião de defeitos psicológicos que enfrascaram nossa CONSCIÊNCIA SOLAR. A ignorância humana tem traduzido como batalhas externas, daí as guerras "santas" em nome de Deus, de Alláh etc., porém Deus não é a ignorância...


 


A transformação das impressões não elimina o ego, apenas que impede a pessoa em criar mais eus psicológicos e/ou de fortalecê-los em seu interior, através das impressões internas não transformadas ( impressões produzidas pelo próprio ego ). Então diz o Mestre Samael: "Convém que transformemos as impressões que surgem na mente através da compreensão". Além do mais, transformando as impressões, pode-se também modificar e romper com situações perigosas que, por lei de recorrência, tendem a voltarem a acontecer nesta vida e nas próximas e isso é também TRANSFORMAÇÃO, pois se está alterando e evitando atitudes mecânicas e ruins com todas as suas consequências... Todavia, entende-se que somente desintegrando o ego pelo poder da Mãe Divina é que vai desengarrafando e libertando as partículas de consciência, gradualmente, para darmos forma a Alma. Sobre a eliminação do ego saiba mais em: 

http://gnosesamaelgnosisgnosticos.blogspot.com.br/2010/09/morte-em-marcha-do-vm-rabolu.html

 

Vamos entender melhor esta prática da transformação das impressões nas palavras do Mestre Samael Aun Weor dirigidas aos seus discípulos, através de trechos selecionados deste seu ensinamento.

 

"O assunto de hoje trata da transformação de cada um. Em práticas passadas, falamos da importância que tem a vida em si mesma e dissemos também que um homem é o que é sua vida, sendo que esta é como um filme. Ao desencarnarmos, levamo-lo para vivê-lo, de forma retrospectiva, no mundo astral e, ao retornarmos, trazemo-lo para projetá-lo outra vez na tela do mundo físico. É claro que a Lei de Recorrência existe, todos os acontecimentos repetem-se e tudo volta a recorrer tal como aconteceu somado das consequências boas ( DARMA ) e más ( KARMA ). É claro que a transformação da vida é possível, se alguém se propõe a isso de forma profunda.

 

Transformação significa que uma coisa se modifica em outra coisa diferente. É lógico que tudo é suscetível a mudanças.

Há transformações da matéria que são bem conhecidas. Ninguém poderia negar, por exemplo, que o açúcar transforma-se em álcool e que o álcool se converte em vinagre pela ação dos fermentos. Isto é transformação de uma substância molecular em outra substância molecular.

Alguém que conheça a vida química, os elementos, sabe que o rádio, por exemplo, se transforma lentamente em chumbo. Os alquimistas da Idade Média falavam da transmutação do chumbo em ouro; no entanto, nem sempre faziam alusão à questão metálica meramente física. Normalmente, queriam indicar,  com tal palavra, a transformação do chumbo da personalidade no ouro do Espírito. Assim, pois, convém que reflitamos em todas estas coisas.

Nos evangelhos, a ideia do homem terreno, que é comparado com uma semente capaz de crescimento, tem o mesmo significado, assim como o tem também a ideia de renascimento: um homem que nasce outra vez. É óbvio que se o grão não morre a planta não nasce. Em toda transformação há morte e nascimento.

 

Na Gnosis, consideramos o homem como uma fábrica de três pisos que absorve normalmente TRÊS ALIMENTOS: 


1 - O ALIMENTO COMUM, o qual corresponde ao piso inferior da fábrica; corresponde ao estômago. 

 

2 - O AR, absorvido pelos pulmões, corresponde ao segundo piso. 

 

3 - Já o terceiro alimento são as IMPRESSÕES que indubitavelmente estão associadas ao cérebro, o terceiro piso da fábrica.

 

Assim temos IMPRESSÕES-CÉREBRO, AR-PULMÕES e ALIMENTOS-ESTÔMAGO. O alimento que ingerimos sofre sucessivas transformações, isto é inquestionável." ( V.M. Samael Aun Weor )  

 

"Transformar as impressões seria magnífico. No entanto, um homem pode transformar suas impressões por si mesmo, desde que possua, naturalmente, um conhecimento básico. Há que se compreender o porquê desta necessidade! Seria magnífico transformar as impressões

 

A maioria das pessoas quando se veem no terreno da vida prática acham que este mundo físico vai lhes dar tudo o que desejam e buscam. Realmente, isso é um tremendo equívoco. A vida em si mesma, entra em nós, em nosso organismo, na forma de impressões. Ninguém conseguiria transformar sua vida se não transformasse as impressões que lhe chegam à mente.

Realmente a vida não existe como coisa externa. As pessoas que lerem estas linhas deverão refletir no que aqui está se dizendo. Estamos falando de algo muito revolucionário. Todo mundo julga que o físico é o real, porém se formos um pouco mais a fundo na questão, veremos que o que realmente estamos recebendo a cada instante, a cada momento, são impressões.

Se vemos uma pessoa que nos agrada ou desagrada, a primeira coisa que obtemos são impressões desta natureza, não é verdade? Isto não o podemos negar! A vida é uma sucessão de impressões. Ela não é como pensam os ignorantes ilustrados: uma coisa física de tipo exclusivamente materialista. 

A realidade da vida são as suas impressões!

Claro está que as ideias que estamos emitindo não são muito fáceis de serem captadas, apreendidas.

 

Uma pessoa que vemos sentada, por exemplo, numa cadeira, lá, com tal ou qual roupa de certa cor, aquela que nos cumprimenta, aquela que nos sorri, etc., é para nós realmente verdade? Porém, se meditamos profundamente em tudo isso, chegaremos à conclusão de que o real são as impressões. Elas chegam à mente através da janela dos sentidos. Se não tivéssemos os sentidos, por exemplo, olhos para ver, ouvidos para ouvir, nem boca para degustar os alimentos que o nosso organismo ingere, existiria para nós isso que se chama mundo físico? Claro que não! Absolutamente não! A vida chega-nos na forma de impressões e é aí, justamente, onde está a possibilidade de se trabalhar sobre nós mesmos.

Antes de tudo, que devemos fazer? Há que se compreender o trabalho que devemos realizar. Como poderíamos conseguir uma transformação psicológica de nós mesmos? Efetuando um trabalho sobre as impressões que estamos recebendo a cada instante, a cada momento. Este primeiro trabalho recebe o nome de PRIMEIRO CHOQUE CONSCIENTE e se relaciona com as impressões que constituem tudo o que conhecemos do mundo exterior e que estamos recebendo.

 

Se quisermos transformar o nosso aspecto psicológico, precisamos trabalhar sobre as impressões que entram em nós.

Por que chamamos o trabalho de transformação das impressões de PRIMEIRO CHOQUE CONSCIENTE? Porque o choque é algo que não poderíamos observar de forma meramente mecânica. Isso jamais poderia ser feito de maneira mecânica, precisa-se de um esforço autoconsciente.

É claro que quando se comece a compreender este trabalho, se começará a deixar de ser um homem mecânico que apenas serve aos fins da natureza, fato este que vai de encontro a Auto Realização Íntima de cada um.

Agora vocês começam a compreender o significado de tudo quanto digo. Se pensarem agora o significado de tudo quanto aqui se ensina , pela via do esforço próprio, começando pela observação de si mesmos, verão que o lado prático de todo trabalho esotérico se relaciona intimamente com a transformação das impressões e do que resulta naturalmente das mesmas.

O trabalho, por exemplo, com as reações negativas, sobre os estados de ânimo de deprimentes, sobre os casos de identificação, sobre a autoconsideração, sobre os sucessivos EUS, sobre a mentira, sobre as autojustificativas, sobre a desculpa, sobre os estados inconscientes em que nos encontramos, se relaciona em tudo com a transformação das impressões e com o que resulta dela. Convirá dizer ainda que, de certo modo, o trabalho sobre si mesmo é comparável a uma dissecação.

Há necessidade de se formar um elemento de troca no lugar de entrada das impressões. Não se esqueçam disso! Tal estado de consciência por si mesmo levará vocês ao terrível realismo da transformação das impressões. As próprias impressões, normalmente... ou supranormalmente, diríamos melhor, os levariam a uma vida melhor naquilo que a vocês naturalmente diz respeito. Já a vida não obrará mais sobre vocês como fazia antes. Vocês que começarão a pensar e compreender de uma maneira nova e isso será naturalmente o começo de sua própria transformação. Porém, enquanto sigam pensando da mesma maneira anterior, tomando a vida da mesma maneira, é claro que não haverá nenhuma mudança interna. Transformar as impressões da vida é se autotransformar. Esta forma inteiramente nova de pensar pode ser efetuada.

 

Todo este discurso está baseado exclusivamente no objetivo radical de nos transformarmos. Se alguém não se transforma, nada consegue. Naturalmente, vocês compreenderão que a vida nos obriga continuamente a reagir. Todas essas reações formam nossa vida pessoal.  Mudar a vida de alguém é realmente mudar suas próprias reações.                                                                                   A vida exterior chega-nos como meras impressões que nos obrigam incessantemente a reagir de uma forma, diríamos, estereotipada. Se as reações que constituem a nossa vida pessoal são todas de tipo negativo, então nossa vida também será negativa.

A vida consiste em uma série sucessiva de reações negativas que se dá como resposta às incessantes impressões que nos chegam à mente. Logo, nossa tarefa consiste em transformar as impressões da vida de modo que não provoquem este tipo de resposta. Mas, para consegui-lo, é necessário estar se auto-observando de instante a instante, de momento a momento. É urgente, pois, estar sempre estudando as nossas próprias impressões.

Não se pode deixar que as impressões cheguem de um modo subjetivo e mecânico. Se não as deixamos, isto equivale a começar a vida, a começar a viver mais conscientemente. Um indivíduo pode se dar ao luxo de fazer com que as impressões não cheguem mecanicamente. Ao agir assim, transforma as impressões e começa a viver conscientemente.

Este é o primeiro choque consciente porque consiste em transformar as impressões que chegam à mente no momento de sua entrada. Se se consegue transformar as impressões que chegam à mente no momento de sua entrada, magníficos resultados são obtidos, os quais beneficiam a nossa existência..." ( V.M. Samael Aun Weor )

 

"Este trabalho esotérico gnóstico deve ser levado até o ponto onde entram as impressões, do contrário as impressões serão distribuídas mecanicamente pela PESONALIDADE à lugares equivocados a fim de evocar antigas reações.

Vou tratar de simplificar isto. Tomemos o seguinte exemplo: Se jogarmos uma pedra num lago cristalino, produzem-se impressões no lago e a resposta a essas impressões causadas pela pedra são as ondas que vão do centro para a periferia. Agora, imaginem a mente como se fosse um lago. De repente, aparece a imagem de uma pessoa. Esta imagem é como a pedra do nosso exemplo. Ela chega à mente que então reage na forma de impressões.

Estas impressões foram provocadas pela imagem que chegou à mente e as reações são as respostas a tais impressões.

Se se joga uma bola contra um muro, o muro recebe as impressões. Depois vem a reação que consiste na volta da bola a quem a jogou. Bom, pode ser que não chegue diretamente, mas de qualquer jeito a bola retorna e isso é reação.

 

O mundo está formado de impressões. Por exemplo: chega-nos à mente a imagem de uma mesa através dos sentidos. Não podemos dizer que foi a mesa que chegou ou que a mesa se tenha metido em nosso cérebro. Isto é absurdo! Mas, a imagem da mesa sim está lá. Então, a mente reage imediatamente e diz: Esta é uma mesa de madeira, de metal, etc.

Há impressões que não são muito agradáveis. Por exemplo, as palavras de um insultador. Poderíamos transformar as palavras de um insultador? As palavras são como são, então o que poderíamos fazer? Transformar as impressões que tais palavras nos causam. Isto sim é possível! O ensinamento gnóstico nos ensina a cristalizar a segunda força, o Cristo em nós, mediante o postulado que diz: Há que se receber com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes.

No postulado anterior, está o modo de transformar as impressões produzidas em nós pelas palavras de um insultador. Receber com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes. Este postulado nos levará, naturalmente, à cristalização da segunda força, o Cristo, em nós. Ele fará com que o Cristo venha a tomar forma em nós.

 

Se do mundo físico só conhecemos as impressões, então o mundo físico não é propriamente tão externo quanto as pessoas julgam. Com justa razão disse Emmanuel Kant: O exterior é o interior. Se o interior é o que conta, devemos, pois, transformar o interior. As impressões são interiores, logo todos os objetos, coisas e tudo o que vemos existe em nosso interior na forma de impressões. Se não transformamos as impressões, nada mudará em nós. 

 

A luxúria, a cobiça, o orgulho, o ódio, etc., existem na nossa psique na forma de impressões que vibram incessantemente.

O resultado mecânico de tais impressões tem sido todos esses elementos inumanos que levamos dentro e que os temos chamado normalmente de eus, os quais em seu conjunto constituem o mim mesmo, o si mesmo.

Suponhamos, por exemplo, que um indivíduo vê uma mulher provocante e que não transforma essas impressões. O resultado será que essas impressões, por serem de tipo luxurioso, produzirão nele o desejo de possui-la. Tal desejo vem a ser o resultado da impressão recebida que se cristaliza, toma forma em nossa psique e se converte num agregado a mais, isto é, num elemento inumano, num novo tipo de eu luxurioso que irá se agregar à soma de elementos inumanos que em sua totalidade constituem o Ego.  Em nós existe ira, cobiça, luxúria, inveja, orgulho, preguiça e gula. 

 

IRA: Por que ira? Porque muitas impressões chegaram a nós, ao nosso interior, e nunca as transformamos. O resultado mecânico de tais impressões de ira foram os eus que agora existem e vibram em nossa psique e que constantemente nos fazem sentir coragem.

COBIÇA: Por que cobiça? Indubitavelmente, muitas coisas despertaram a cobiça em nós: o dinheiro, as jóias e outras coisas materiais de todo tipo. Essas coisas, esses objetos chegaram até nós em forma de impressões que não foram transformadas, produzindo atração pela beleza etc. Tais impressões não transformadas, converteram-se naturalmente em eus da cobiça.

LUXÚRIA: Por que luxúria? Já disse que as diferentes formas de luxúria chegaram a nós como impressões, isto é, surgiram no interior da nossa mente imagens de tipo erótico cuja reação foi a luxúria. Como quer que não transformamos essas ondas luxuriosas, esse erotismo malsão, naturalmente o resultado não se fez esperar, nasceram novos eus morbosos em nossa psique.

Assim, pois, toca-nos trabalhar hoje mesmo sobre as impressões que estão em nosso interior e sobre seus resultados mecânicos. Dentro de nós temos impressões de ira, cobiça, gula, orgulho, preguiça, luxúria, etc. Temos também dentro de nós os resultados mecânicos de tais impressões: blocos de eus brigões e

gritões que agora precisamos compreender e eliminar.

Portanto, o trabalho de nossa vida consiste em saber transformar tais impressões e também em saber eliminar os resultados mecânicos das impressões não transformadas no passado.

 

O mundo exterior propriamente não existe. O que existe são as impressões e estas são internas. Assim também as reações a tais impressões são completamente interiores. Ninguém poderia dizer que está vendo uma árvore em si mesma. Estará vendo a imagem da árvore, porém não a árvore. A coisa em si, como Emmanuel Kant a chamava, ninguém vê. Vê-se a imagem das coisas, isto é, surge em nós a impressão de uma árvore, de uma coisa... porém, são coisas internas, são da mente. Se alguém não faz as suas próprias modificações internas, o resultado não se deixa esperar: produz-se o nascimento de novos eus que vêm a escravizar ainda mais a nossa essência, a nossa consciência… e o sonho em que vivemos se intensifica ainda mais.

 

Quando alguém compreende realmente tudo o que ocorre dentro dele mesmo, relacionado com o mundo físico, que tudo não passa de impressões, compreende também a necessidade de transformar essas impressões e, ao fazê-lo, verifica-se uma transformação nele mesmo. 

 

Não há coisa que mais doa do que a calúnia ou as palavras de um insultador. Se alguém for capaz de transformar as impressões que tais palavras causam, elas ficarão sem valor algum, isto é, ficam como um cheque sem fundos. Certamente, as palavras de um insultador não têm mais valor do que aquele que o insultado lhes dá. Assim, se o insultado não lhes der valor, ficam, repito, como um cheque sem fundos. Quando alguém compreende isto, passa a transformar as impressões das palavras em algo diferente, por exemplo, em amor, em compaixão para com o insultador, etc. Naturalmente, isto é transformação! 

Assim, pois, precisamos estar transformando incessantemente as impressões. Não só as presentes e as passadas, como também as futuras.

Dentro de nós existem muitas impressões sobre as quais cometemos o erro de não transformar e muitos resultados mecânicos das mesmas, os quais são os tais eus que agora temos de desintegrar, aniquilar, a fim de que a consciência fique livre e desperta.

É indispensável que se reflita sobre o que estou dizendo. As coisas, as pessoas, não são mais do que impressões dentro de nós, dentro da nossa mente. Se transformamos essas impressões, transformamos radicalmente a nossa vida.

 

Quando em alguém há ORGULHO, este tem por embasamento a ignorância. Por exemplo, uma pessoa que se sente orgulhosa de sua posição social e de seu dinheiro. Se essa pessoa pensar um pouco, verá que sua posição social é uma questão meramente mental, que são uma série de impressões a chegar à sua mente, impressões sobre seu estado social. Quando descobrir que tal estado não é mais do que uma questão mental, ao fazer uma análise de seu real valor, dar-se-á conta de que sua posição social existe em sua mente na forma de impressões.

Tudo que o dinheiro e a posição social provocam nada mais são do que impressões externas da mente. Tão só com o fato de se compreender que são apenas impressões da mente, há transformação sobre as mesmas. Então, o orgulho, por si mesmo, cai, desmorona, nascendo em nós de forma natural a humildade.

 

Continuando com o estudo dos processos da transformação das impressões, prosseguirei acrescentando mais alguma coisa. A imagem de uma mulher luxuriosa chega à mente ou surge da mente. Tal imagem é uma impressão. Isto é óbvio! Poderíamos transformar essa impressão luxuriosa através da compreensão?

Sim, bastaria que nesse instante pensássemos que ela um dia irá morrer e que seu corpo se tornará pó no cemitério e se, com a imaginação, víssemos seu corpo se desintegrando dentro do caixão, isto seria mais do que suficiente para transformar aquela impressão luxuriosa em castidade. Agora, se não a transformamos, se somará aos outros eus da luxúria.

 

Convém que transformemos as impressões que surgem na mente através da compreensão. Resulta altamente lógico que o mundo exterior não seja tão exterior como normalmente se crê. Tudo o que nos chega do mundo é interior porque nada mais são do que impressões internas.

Ninguém poderia socar uma árvore, uma cadeira, uma casa, um palácio, uma pedra, etc., dentro de sua mente. Tudo chega à nossa mente na forma de impressões. Isso é tudo! Impressões de um mundo que chamamos externo, mas que na realidade não é tão externo como se crê. Resulta impostergável que transformemos as impressões através da COMPREENSÃO

 

Se alguém nos cumprimenta e nos elogia, como poderíamos transformar a vaidade que o adulador poderia provocar em nós? Obviamente, os elogios, as adulações, não são mais do que impressões que nos chegam à mente e esta reage na forma de vaidade.

Porém, se se transforma essas impressões, a vaidade torna-se impossível. Como se transformaria as palavras de um adulador? Mediante a compreensão. Quando alguém compreende que não é mais do que uma infinitesimal criatura num lugar qualquer do universo, transforma de fato essas impressões de louvor, de lisonja, em algo diferente, converte tais impressões no que são realmente: pó, poeira cósmica. Isto porque compreendeu a sua própria situação.

Sabemos que a galáxia em que vivemos é composta por milhões de mundos. O que é a Terra? Uma partícula de poeira no infinito. E se víssemos que somos microorganismos dessa partícula? Então, o quê?

Se compreendêssemos isso quando nos estão adulando, faríamos a transformação dessas impressões de lisonja, de adulação ou de louvor. Assim, como resultado, não reagiríamos de forma orgulhosa.

Quanto mais reflitamos nisto, mais e mais veremos a necessidade de uma transformação completa das impressões.

 

Tudo o que vemos externo é interior. Se não trabalharmos com o interior, iremos pelo caminho do erro porque não modificaremos os nossos hábitos. Se quisermos ser diferentes, temos de nos transformar integralmente e devemos começar transformando as impressões. 

 

Transformando as impressões animais e bestiais em elementos de devoção, ocorre em nós a transformação sexual, a transmutação.

Inquestionavelmente, este aspecto das impressões merece ser analisado de uma forma clara e precisa." ( V.M. Samael Aun Weor ) 

 

A PERSONALIDADE

 

Antes de entrarmos na parte final desse tema, temos que saber o que é a PERSONALIDADE.  Pode-se dizer que  a personalidade é um veículo que começa a se formar após os 6 ou 7 anos de idade e ela se forma com os hábitos, costumes, convívio com os pais e amigos da escola, com as ideias etc., e vai definindo a sua forma com as experiências da vida. A personalidade é um  veículo de expressão e de ação do ego. Em cada existência fabrica-se uma nova personalidade, de  maneira que a personalidade é apenas um veículo com ações e reações mecânicas. Além da personalidade, existe os CENTROS PSICOFISIOLÓGICOS da máquina humana que correspondem ao (1)Centro intelectual, (2)Centro Emocional, (3)Centro Motor, (4)Centro Instintivo e (5)Centro Sexual. A persononalidade costuma conduzir as impressões que nos chegam para centros errados, desencadeando uma série de erros e enganos. A personalidade não consegue transformar as impressões, somente a Essência em nosso interior. Os ensinamentos do Mestre Samael Aun Weor visa justamente transformar as impressões que nos chegam através da Essência/Consciência, pois a personalidade não serve para isso.

 

"A personalidade, que recebemos ou adquirimos, recebe as impressões da vida, mas não as transforma porque praticamente é algo morto.

Se as impressões caíssem diretamente sobre a ESSÊNCIA, é óbvio que seriam transformadas porque, de fato, ela as depositaria exatamente nos centros correspondentes da máquina humana.

 

Personalidade é o termo que se aplica a tudo aquilo que adquirimos. É claro que a personalidade traduz as impressões chegadas de todos os lados da vida de um modo limitado e praticamente estereotipado, de acordo com sua qualidade e associação." ( V.M. Samael Aun Weor )

 

 A Personalidade é uma Péssima Secretária.

 

"A este respeito, no trabalho esotérico gnóstico, se compara muitas vezes a personalidade com uma péssima secretária que está na sala de recepção e que se ocupa com todas as ideias, conceitos, preconceitos, opiniões e prejulgamentos. Dispõe de muitíssimos dicionários, enciclopédias de todo tipo, livros de referência, etc. Porém, não sabe se colocar em comunicação correta com os TRÊS CENTROS, isto é, o MENTAL, o EMOCIONAL e os CENTROS FÍSICOS ( instintivo, motor e sexual ).  Como consequência ou corolário, termina acontecendo que se põe em contato quase sempre com centros equivocados. Isto significa que as impressões que chegam são enviadas a centros indevidos, isto é, a locais que não lhes correspondem, produzindo, naturalmente, resultados enganosos.

Porei um exemplo para que me entendam melhor. Suponhamos que uma mulher atenda com muita gentileza e respeito a um cavalheiro. Claro que as impressões que ele está recebendo em sua mente são recebidas pela personalidade e esta as remete a CENTROS EQUIVOCADOS. Normalmente, as manda ao centro sexual e o cavalheiro chega a crer firmemente que a dama está enamorada dele. Logicamente, não demorará muito e ele se apressará em fazer-lhe algumas insinuações de tipo amoroso. Indubitavelmente, se aquela dama jamais teve esse tipo de preocupação pelo cavalheiro, não deixará de sentir-se, com muita razão, surpreendida. Este é o resultado da péssima recepção das impressões. Vejam vocês quão má secretária é a personalidade

 

Indiscutivelmente, a vida de um homem depende dessa secretária, a qual busca a transformação em seus livros de referência sem compreender em absoluto o que significa na realidade e em consequência o transmite sem se preocupar com o que possa ocorrer, unicamente sentindo que está cumprindo com o seu dever.

Esta é a nossa situação interior. O que importa compreender nesta alegoria é que a personalidade, que adquirimos e que devemos adquirir, começa a tomar conta da nossa vida. Inquestionavelmente, é inútil pensar que isto ocorra somente a certas e determinadas pessoas. Acontece com todos, seja lá quem for.

 

É plenamente observável que existem numerosas reações características produzidas pelas impressões que nos chegam. Infelizmente, essas reações mecânicas nos governam. É claro que cada um é governado pela sua própria vida e não importa que se chame liberal ou conservador, revolucionário ou bolchevista ou bom ou mau no sentido da palavra.

É óbvio que essas reações diante dos impactos do mundo exterior constituem a nossa própria vida. A humanidade, neste sentido, podemos afirmar de forma enfática, que é completamente mecanicista.

Qualquer um formou durante sua vida uma enorme quantidade de reações; são as experiências práticas de sua existência. É claro que toda ação produz a sua reação, ações de certo tipo, e a tais reações damos o nome de experiências.

 

O importante seria poder relaxar a mente a fim de melhor conhecer nossas ações e reações. Isto de relaxamento mental é magnífico. Deitar-se na cama ou numa cômoda poltrona e relaxar todos os músculos pacientemente. Depois, esvaziar a mente de todo tipo de pensamentos, desejos, emoções, lembranças, etc. Quando a mente está quieta, quando a mente está em silêncio, podemos conhecer melhor a nós mesmos. Em tais momentos de quietude e silêncio mental, é quando vimos a vivenciar de forma direta o cru realismo de todas as ações da vida prática.

Quando a mente se encontra em absoluto repouso, vemos toda a multidão de elementos, sub-elementos, ações, reações, desejos, paixões, etc., como algo alheio a nós mesmos, mas que aguarda o instante preciso para poder realizar seu controle sobre nós, sobre nossa personalidade. Eis aqui o motivo pelo qual vale o silêncio e a quietude da mente. Obviamente, o relaxamento do entendimento é benéfico no sentido mais completo da palavra, pois nos conduz ao auto-conhecimento individual.

 

Assim é que toda a vida, isto é, a vida exterior, o que vemos e vivemos, é para cada pessoa a sua reação às impressões que chegam do mundo físico.

É um grande erro pensar que o que é chamado vida seja uma coisa fixa, sólida, a mesma coisa para qualquer pessoa. Certamente, não há uma só pessoa que tenha as mesmas impressões que outra, no que diz respeito à vida existente no gênero humano, porque são infinitas.

 

Nossas impressões da vida são certamente a vida. É claro que podemos, se nos propomos, transformar tais impressões. Porém, como já foi dito, esta é uma ideia muito difícil de entender ou compreender devido a que o hipnotismo dos sentidos é muito poderoso.

 

A mente está enfrascada no mundo dos cinco sentidos e não atina compreender como poderia se tornar independente deles; crê firmemente que é um DEUS. Nossa vida interior, a verdadeira vida de pensamentos e sentimentos, segue sendo confusa para as nossas concepções meramente raciocinativas e intelectivas.

Não obstante, ao mesmo tempo, sabemos muito bem que o lugar onde realmente vivemos é no nosso mundo de pensamentos e sentimentos. Isto é algo que ninguém pode negar.

 

Nossas impressões são a vida e elas podem ser transformadas. Temos de aprender a transformar as nossas impressões, porém não será possível transformar coisa alguma se continuarmos apegados ao mundo dos cinco sentidos.

Como disse em meu tratado de PSICOLOGIA REVOLUCIONARIA, a experiência ensina que se o trabalho esotérico gnóstico é negativo, isso se deve a própria culpa.

Do ponto de vista sensorial, é esta ou aquela pessoa do mundo exterior, que se vê ou que se ouve com os olhos e os ouvidos, quem tem a culpa. Essa pessoa dirá por sua vez que nós é que somos os culpados. No entanto, a culpa está nas impressões que nós temos das pessoas. Muitas vezes pensamos que alguém é um

tipo perverso quando no fundo é uma mansa ovelha.

Convém muito aprender a transformar todas as impressões que tenhamos sobre a vida. Temos de aprender a receber com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes". ( V.M. Samael Aun Weor )

 

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Gnose Samael Gnosis Gnósticos

Gnósticos da Era de Aquário

Em defesa do V.M. Samael Aun Weor

 

Gnose Samael Gnosis Gnósticos 

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CHACAL ( I )

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CHACAL (II)

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Os Infiltrados no Orkut

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Frases de Samael Aun Weor

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Sobre o nome Samael

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Prática Gnóstica Revolucionária

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