A TRANSFORMAÇÃO DAS
IMPRESSÕES; importante conferência do Grande Mestre Samael Aun Weor aos seus discípulos.
O Grande Mestre Samael proferiu uma conferência muito importante aos seus
discípulos conhecida como Transformação das Impressões. Trata-se de um tema
prático a ser também aplicado no diário viver para que não venhamos criar mais eus
psicológicos ao se identificar com as impressões que nos chegam através dos
sentidos.
Poderíamos dizer que transformar as impressões corresponde
aquela frase do Mestre Jesus que, ao ser perguntado sobre o que fazer quando nos
batem na face, ele respondeu: ofereça-lhe a outra. O dar a outra face do Cristo não pode ser traduzida ao pé da letra e sim no sentido, por exemplo, de transformar as más impressões que surgem em nosso interior e assim evitar reações
mecânicas previsíveis e reações desastrosas indesejáveis.
Vamos dar um exemplo simples para efeito de ilustração. Hoje é comum numa roda de amigos
alguém nos oferecer drogas. Normalmente o jovem para ficar bem com o amigo ou com os colegas da roda, aceita a droga, com o receio de ser menosprezado ou rejeitado pelos amigos do grupo etc. Se o indivíduo sabe transformar esta impressão ele não aceita o bagulho e sai
diplomaticamente da situação para ir em busca de outros amigos. Claro que aqueles colegas de
roda poderão se sentir ofendidos e pensar o pior dele, talvez alguém grite: Papai não quer, mamãe não
deixa? Risadas soarão quase que inevitavelmente, entre outras posturas ferinas que poderão haver. Observe que o indivíduo, ao não aceitar a droga e ter ficado indiferente as palavras constrangedoras e zombeteiras, o que ele fez
foi justamente dar a outra face, conforme dito por Jesus Cristo, pois NÃO REAGIU ante as galhofas e seguiu firme em sua decisão e, desta
maneira, evitou-se enredar num problema maior que é começar a usar drogas, podendo-se ainda cair no vício para se tornar escravo do mesmo, como acontece com muitos jovens. No entanto, ele não se sentiu diminuído e nem
humilhado porque transformou todas estas impressões, ao
compreender que, por covardia, aceitamos usar drogas; ele compreendeu que é fraqueza e
escravidão psicológica fumar o bagulho para não se sentir diminuído na roda ou até mesmo não ser aceito
no grupo ( só como um pequeno exemplo ); compreendeu também que pegar na diamba é sustentar o tráfico que vem
flagelando a humanidade pelo consumo de cada jovem, de cada indivíduo ( vide ruas de Filadélfia, cracolândias etc ); compreendeu que não é ser amigo quem lhe oferece droga e que tragá-la é
queimar neurônios torpemente; é falar de transcendentalismo e liberdades individuais, totalmente dependente e escravo de narcóticos ( observe a contradição! ). Há aqueles que se sentem
libertos, corajosos e pessoas de vanguarda por usarem drogas, sem saber todavia
que são prisioneiros da psicologia de consumo; são marionetes de uma
inteligência oculta com propósitos destrutivos. E existem aqueles que consomem drogas apenas socialmente ( para não se viciar ) e assim passam a consumi-las anos e quase toda a existência afirmando absurdamente não serem dependentes, com todos os seus prejuízos...
Saiba mais em:
http://gnosesamaelgnosisgnosticos.blogspot.com.br/2016/02/mestre-rabolu-faz-revelacoes-ocultas.html
Veja também:
Contracultura; o que não nos contaram...
https://www.blogger.com/blog/post edit/598177705351681707/2660236629080565018
Toda esta COMPREENSÃO lhe fez transformar
as impressões, evitando-se criar eus psicológicos, dentre eles o eu do
vício. Se não transforma-se as
impressões , torna-se mais uma vítima para seguir acreditando de que usar o baseado seria normal e que "abriria" a mente e a "consciência" e todas aquelas mentiras e falácias...
O gnóstico ( o verdadeiro ) é um guerreiro e tem em suas mãos um escudo
e uma espada. A ESPADA é a eliminação do ego pela auto-observação e petição
contínua a Mãe Divina interior. O ESCUDO é a compreensão que o faz transformar as impressões. Conforme vamos eliminando o ego pela morte em marcha, vai aumentando a compreensão sobre muitas coisas e a compreensão é o escudo que nos impede de ficar criando mais eus psicológicos. São batalhas que se travam dentro de si mesmo. As
batalhas de que fala a Bíblia são BATALHAS INTERNAS, contra si mesmo, contra
uma legião de defeitos psicológicos que enfrascaram nossa CONSCIÊNCIA SOLAR. A ignorância humana tem traduzido como batalhas externas, daí as guerras "santas" em nome de Deus, de Alláh etc., porém Deus não é a ignorância...
A transformação das impressões não elimina o ego, apenas que impede a pessoa em criar mais eus psicológicos e/ou de fortalecê-los em seu interior, através das impressões internas não transformadas ( impressões produzidas pelo próprio ego ). Então diz o Mestre Samael: "Convém que
transformemos as impressões que surgem na mente através da compreensão". Além do mais, transformando as impressões, pode-se também modificar e romper com situações perigosas que, por lei de recorrência, tendem a voltarem a acontecer nesta vida e nas próximas e isso é também TRANSFORMAÇÃO, pois se está alterando e evitando atitudes mecânicas e ruins com todas as suas consequências... Todavia, entende-se que somente desintegrando o ego pelo poder da Mãe Divina é que vai desengarrafando e libertando as partículas de consciência, gradualmente, para darmos forma a Alma. Sobre a eliminação do ego saiba mais em:
http://gnosesamaelgnosisgnosticos.blogspot.com.br/2010/09/morte-em-marcha-do-vm-rabolu.html
Vamos entender melhor esta prática da transformação das impressões nas palavras do Mestre Samael Aun Weor dirigidas aos seus discípulos, através de trechos selecionados deste seu ensinamento.
"O assunto de hoje trata da transformação de cada um. Em práticas passadas, falamos da importância que tem a vida em si mesma e dissemos também que um homem é o que é sua vida, sendo que esta é como um filme. Ao desencarnarmos, levamo-lo para vivê-lo, de forma retrospectiva, no mundo astral e, ao retornarmos, trazemo-lo para projetá-lo outra vez na tela do mundo físico. É claro que a Lei de Recorrência existe, todos os acontecimentos repetem-se e tudo volta a recorrer tal como aconteceu somado das consequências boas ( DARMA ) e más ( KARMA ). É claro que a transformação da vida é possível, se alguém se propõe a isso de forma profunda.
Transformação
significa que uma coisa se modifica em outra coisa diferente. É lógico que tudo
é suscetível a
mudanças.
Há transformações da matéria que são bem conhecidas. Ninguém poderia negar, por
exemplo, que o açúcar transforma-se
em álcool e que o álcool se converte em vinagre pela ação dos fermentos. Isto é transformação de uma
substância molecular em outra substância molecular.
Alguém que conheça a vida química, os elementos, sabe que o rádio, por exemplo, se
transforma lentamente em chumbo. Os alquimistas da
Idade Média falavam da transmutação do chumbo em ouro; no entanto, nem sempre faziam alusão à
questão metálica meramente física. Normalmente, queriam indicar, com tal palavra,
a transformação do
chumbo da personalidade no ouro do Espírito. Assim, pois, convém que reflitamos
em todas estas coisas.
Nos evangelhos, a
ideia do homem terreno, que é comparado com uma semente capaz de crescimento, tem o mesmo significado, assim como o tem também a ideia de renascimento: um homem que nasce outra vez. É óbvio que se o grão
não morre a planta não
nasce. Em toda transformação há morte e nascimento.
Na Gnosis,
consideramos o homem como uma fábrica de três pisos que absorve normalmente TRÊS ALIMENTOS:
1 - O ALIMENTO COMUM,
o qual corresponde ao piso inferior da fábrica; corresponde ao estômago.
2 - O AR, absorvido pelos pulmões, corresponde ao segundo piso.
3 - Já o terceiro alimento
são as IMPRESSÕES que
indubitavelmente estão associadas ao cérebro, o terceiro piso da fábrica.
Assim temos IMPRESSÕES-CÉREBRO, AR-PULMÕES e ALIMENTOS-ESTÔMAGO. O alimento que
ingerimos sofre sucessivas transformações, isto é inquestionável." ( V.M. Samael Aun Weor )
"Transformar as impressões seria magnífico. No entanto, um homem pode transformar suas
impressões por si mesmo, desde que possua, naturalmente, um conhecimento
básico. Há que se compreender o
porquê desta necessidade! Seria magnífico
transformar as impressões.
A maioria das pessoas quando se veem no terreno da
vida prática acham que
este mundo físico vai lhes dar tudo o que desejam e buscam. Realmente, isso é
um tremendo equívoco. A
vida em si mesma, entra em nós, em nosso organismo, na forma de impressões. Ninguém conseguiria transformar sua vida se não transformasse as impressões que lhe chegam à mente.
Realmente a vida não existe como coisa externa. As pessoas que lerem
estas linhas deverão refletir no que aqui está se dizendo. Estamos falando de
algo muito
revolucionário. Todo mundo julga que o físico é o real, porém se formos um
pouco mais a fundo na questão, veremos que
o que realmente estamos recebendo a cada instante, a cada momento, são impressões.
Se vemos uma pessoa
que nos agrada ou desagrada, a primeira coisa que obtemos são impressões desta natureza, não é
verdade? Isto não o podemos negar! A vida é uma sucessão de impressões. Ela não
é como pensam os
ignorantes ilustrados: uma coisa física de tipo exclusivamente materialista.
A
realidade da vida são as suas
impressões!
Claro está que as
ideias que estamos emitindo não são muito fáceis de serem captadas,
apreendidas.
Uma pessoa que vemos
sentada, por exemplo, numa cadeira, lá, com tal ou qual roupa de certa cor,
aquela que nos cumprimenta,
aquela que nos sorri, etc., é para nós realmente verdade? Porém, se meditamos profundamente em tudo isso,
chegaremos à conclusão de que o real são as impressões. Elas chegam à mente através
da janela dos sentidos. Se não tivéssemos os
sentidos, por exemplo, olhos para ver, ouvidos para ouvir, nem boca para degustar
os alimentos que o
nosso organismo ingere, existiria para nós isso que se chama mundo físico?
Claro que não! Absolutamente
não! A vida chega-nos na
forma de impressões e é aí, justamente, onde está a possibilidade de se
trabalhar sobre nós mesmos.
Antes de tudo, que devemos fazer? Há que se compreender o trabalho que devemos realizar. Como
poderíamos conseguir uma transformação psicológica de nós mesmos? Efetuando um trabalho sobre as
impressões que estamos recebendo a cada instante, a cada momento. Este primeiro trabalho recebe o
nome de PRIMEIRO CHOQUE CONSCIENTE e se relaciona com as
impressões que constituem tudo o que conhecemos do mundo exterior e que estamos recebendo.
Se quisermos transformar o nosso aspecto psicológico,
precisamos trabalhar sobre as impressões que entram em nós.
Por que chamamos o
trabalho de transformação das impressões de PRIMEIRO CHOQUE CONSCIENTE? Porque
o choque é algo que
não poderíamos observar de forma meramente mecânica. Isso jamais poderia ser
feito de maneira mecânica, precisa-se de um esforço autoconsciente.
É claro que quando se comece a compreender este
trabalho, se começará a deixar de ser um homem mecânico que apenas serve aos
fins da natureza, fato este que vai de encontro a Auto Realização Íntima de cada um.
Agora vocês começam a compreender o significado de tudo quanto digo. Se pensarem agora o significado de tudo quanto aqui se ensina , pela via do esforço
próprio, começando pela
observação de si mesmos, verão que o lado prático de todo trabalho esotérico
se relaciona
intimamente com a transformação das impressões e do que resulta naturalmente
das mesmas.
O trabalho, por
exemplo, com as reações negativas, sobre os estados de ânimo de deprimentes,
sobre os casos de identificação, sobre
a autoconsideração, sobre os sucessivos EUS, sobre a mentira, sobre as
autojustificativas, sobre a desculpa,
sobre os estados inconscientes em que nos encontramos, se relaciona em tudo com a
transformação das impressões e com o que resulta dela. Convirá dizer ainda que,
de certo modo, o trabalho
sobre si mesmo é comparável a uma dissecação.
Há necessidade de se
formar um elemento de troca no lugar de entrada das impressões. Não se esqueçam disso! Tal estado de consciência por si mesmo levará vocês ao terrível realismo da transformação das impressões. As próprias impressões, normalmente... ou supranormalmente, diríamos melhor, os levariam
a uma vida melhor naquilo que a vocês naturalmente diz respeito. Já a vida não obrará mais
sobre vocês como fazia antes. Vocês que começarão a pensar e compreender de uma maneira nova e isso será naturalmente o começo de sua própria transformação. Porém, enquanto
sigam pensando da mesma maneira anterior, tomando a vida da mesma maneira, é claro que
não haverá nenhuma
mudança interna. Transformar as impressões da vida é se autotransformar. Esta forma inteiramente
nova de pensar pode ser efetuada.
Todo este discurso está
baseado exclusivamente no
objetivo radical de nos transformarmos. Se alguém não se transforma, nada
consegue. Naturalmente, vocês
compreenderão que a vida nos obriga continuamente a reagir. Todas essas reações formam nossa vida
pessoal. Mudar a vida de alguém é realmente mudar suas próprias reações. A vida exterior chega-nos
como meras impressões que nos obrigam incessantemente a reagir de uma forma, diríamos,
estereotipada. Se as reações que constituem a nossa vida pessoal são todas de
tipo negativo, então nossa vida
também será negativa.
A vida consiste em
uma série sucessiva de reações negativas que se dá como resposta às incessantes impressões que nos
chegam à mente. Logo, nossa tarefa consiste em transformar as impressões da
vida de modo que não
provoquem este tipo de resposta. Mas, para consegui-lo, é necessário
estar se auto-observando de
instante a instante, de momento a momento. É urgente, pois, estar sempre
estudando as nossas próprias
impressões.
Não se pode deixar
que as impressões cheguem de um modo subjetivo e mecânico. Se não as deixamos, isto
equivale a começar a vida, a começar a viver mais conscientemente. Um indivíduo pode se dar ao luxo
de fazer com que as impressões não cheguem mecanicamente. Ao agir assim, transforma as
impressões e começa a viver conscientemente.
Este é o primeiro choque
consciente porque consiste em transformar as impressões que chegam à mente no momento de sua entrada. Se se consegue transformar as
impressões que chegam à mente no momento de sua entrada, magníficos resultados
são obtidos, os quais
beneficiam a nossa existência..." ( V.M. Samael Aun Weor )
"Este trabalho
esotérico gnóstico deve ser levado até o ponto onde entram as impressões, do contrário as impressões
serão distribuídas
mecanicamente pela PESONALIDADE à lugares equivocados a fim de evocar antigas
reações.
Vou tratar de
simplificar isto. Tomemos o seguinte exemplo: Se jogarmos uma pedra num lago
cristalino, produzem-se
impressões no lago e a resposta a essas impressões causadas pela pedra são as
ondas que vão do centro para a
periferia. Agora, imaginem a
mente como se fosse um lago. De repente, aparece a imagem de uma pessoa. Esta imagem é como a
pedra do nosso exemplo. Ela chega à mente que então reage na forma de
impressões.
Estas impressões
foram provocadas pela imagem que chegou à mente e as reações são as respostas a
tais impressões.
Se se joga uma bola
contra um muro, o muro recebe as impressões. Depois vem a reação que consiste
na volta da bola a quem
a jogou. Bom, pode ser que não chegue diretamente, mas de qualquer jeito a bola retorna e isso é
reação.
O mundo está formado
de impressões. Por exemplo: chega-nos à mente a imagem de uma mesa através dos sentidos. Não
podemos dizer que foi a mesa que chegou ou que a mesa se tenha metido em nosso cérebro. Isto é
absurdo! Mas, a imagem da mesa sim está lá. Então, a mente reage imediatamente
e diz: Esta é uma mesa de
madeira, de metal, etc.
Há impressões que
não são muito agradáveis. Por exemplo, as palavras de um insultador. Poderíamos transformar as
palavras de um insultador? As palavras são como
são, então o que poderíamos fazer? Transformar as impressões que tais palavras nos causam. Isto sim
é possível! O ensinamento gnóstico nos ensina a cristalizar a segunda força, o Cristo em nós,
mediante o postulado que diz: Há que se receber com agrado as manifestações desagradáveis de
nossos semelhantes.
No postulado
anterior, está o modo de transformar as impressões produzidas em nós pelas
palavras de um insultador. Receber
com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes. Este postulado nos levará,
naturalmente, à cristalização da segunda força, o Cristo, em nós. Ele fará com
que o Cristo venha a tomar forma
em nós.
Se do mundo físico
só conhecemos as impressões, então o mundo físico não é propriamente tão
externo quanto as pessoas
julgam. Com justa razão disse Emmanuel Kant: O exterior é o interior. Se o
interior é o que conta, devemos,
pois, transformar o interior. As impressões são interiores, logo todos os
objetos, coisas e tudo o que
vemos existe em nosso interior na forma de impressões. Se não transformamos
as impressões, nada mudará em nós.
A luxúria, a cobiça, o orgulho, o ódio,
etc., existem na nossa
psique na forma de impressões que vibram incessantemente.
O resultado mecânico
de tais impressões tem sido todos esses elementos inumanos que levamos dentro e que os temos chamado
normalmente de eus, os quais em seu conjunto constituem o mim mesmo, o si mesmo.
Suponhamos, por
exemplo, que um indivíduo vê uma mulher provocante e que não transforma essas impressões. O
resultado será que essas impressões, por serem de tipo luxurioso, produzirão nele o desejo
de possui-la. Tal desejo vem a ser
o resultado da impressão recebida que se cristaliza, toma forma em nossa psique
e se converte num
agregado a mais, isto é, num elemento inumano, num novo tipo de eu luxurioso
que irá se agregar à soma de
elementos inumanos que em sua totalidade constituem o Ego. Em nós existe ira,
cobiça, luxúria, inveja, orgulho, preguiça e gula.
IRA: Por que ira? Porque muitas impressões chegaram
a nós, ao nosso interior, e nunca as transformamos. O resultado mecânico de
tais impressões de ira
foram os eus que agora existem e vibram em nossa psique e que constantemente
nos fazem sentir
coragem.
COBIÇA: Por que cobiça?
Indubitavelmente, muitas coisas despertaram a cobiça em nós: o dinheiro, as
jóias e outras coisas
materiais de todo tipo. Essas coisas, esses objetos chegaram até nós em forma de impressões que não foram transformadas, produzindo atração pela beleza etc. Tais impressões não transformadas, converteram-se naturalmente em
eus da cobiça.
LUXÚRIA: Por que luxúria? Já
disse que as diferentes formas de luxúria chegaram a nós como impressões, isto
é, surgiram no interior
da nossa mente imagens de tipo erótico cuja reação foi a luxúria. Como quer que
não transformamos essas
ondas luxuriosas, esse erotismo malsão, naturalmente o resultado não se fez
esperar, nasceram novos eus
morbosos em nossa psique.
Assim, pois,
toca-nos trabalhar hoje mesmo sobre as impressões que estão em nosso interior e
sobre seus resultados
mecânicos. Dentro de nós temos impressões de ira, cobiça, gula, orgulho,
preguiça, luxúria, etc. Temos também
dentro de nós os resultados mecânicos de tais impressões: blocos de eus brigões
e
gritões que agora
precisamos compreender e eliminar.
Portanto, o trabalho
de nossa vida consiste em saber transformar tais impressões e também em saber eliminar os
resultados mecânicos das impressões não transformadas no passado.
O mundo exterior
propriamente não existe. O que existe são as impressões e estas são internas.
Assim também as reações a
tais impressões são completamente interiores. Ninguém poderia
dizer que está vendo uma árvore em si mesma. Estará vendo a imagem da árvore, porém não a árvore.
A coisa em si, como Emmanuel Kant a chamava, ninguém vê. Vê-se a imagem das coisas, isto é,
surge em nós a impressão de uma árvore, de uma coisa... porém, são coisas
internas, são da mente. Se alguém não faz as
suas próprias modificações internas, o resultado não se deixa esperar:
produz-se o nascimento de novos
eus que vêm a escravizar ainda mais a nossa essência, a nossa consciência… e o sonho em que vivemos
se intensifica ainda mais.
Quando alguém
compreende realmente tudo o que ocorre dentro dele mesmo, relacionado com o
mundo físico, que tudo não
passa de impressões, compreende também a necessidade de transformar essas impressões e, ao
fazê-lo, verifica-se uma transformação nele mesmo.
Não há coisa que
mais doa do que a calúnia ou as palavras de um insultador. Se alguém for capaz
de transformar as
impressões que tais palavras causam, elas ficarão sem valor algum, isto é,
ficam como um cheque sem fundos.
Certamente, as palavras de um insultador não têm mais valor do que aquele que o insultado lhes dá.
Assim, se o insultado não lhes der valor, ficam, repito, como um cheque sem
fundos. Quando alguém
compreende isto, passa a transformar as impressões das palavras em algo
diferente, por exemplo, em amor, em
compaixão para com o insultador, etc. Naturalmente, isto é transformação!
Assim, pois, precisamos
estar transformando incessantemente as impressões. Não só as presentes e as
passadas, como também as
futuras.
Dentro de nós
existem muitas impressões sobre as quais cometemos o erro de não transformar e
muitos resultados mecânicos
das mesmas, os quais são os tais eus que agora temos de desintegrar, aniquilar,
a fim de que a
consciência fique livre e desperta.
É indispensável que
se reflita sobre o que estou dizendo. As coisas, as pessoas, não são mais do
que impressões dentro de
nós, dentro da nossa mente. Se transformamos essas impressões, transformamos radicalmente a nossa
vida.
Quando em alguém há ORGULHO, este tem por embasamento a ignorância. Por exemplo, uma pessoa que se sente orgulhosa de
sua posição social e de seu dinheiro. Se essa pessoa pensar um pouco, verá que
sua posição social é uma
questão meramente mental, que são uma série de impressões a chegar à sua mente, impressões sobre seu
estado social. Quando descobrir que tal estado não é mais do que uma questão mental, ao fazer uma
análise de seu real valor, dar-se-á conta de que sua posição social existe em
sua mente na forma de
impressões.
Tudo que o dinheiro
e a posição social provocam nada mais são do que impressões externas da mente. Tão só com o fato de
se compreender que são apenas impressões da mente, há transformação sobre as mesmas. Então, o
orgulho, por si mesmo, cai, desmorona, nascendo em nós de forma natural a
humildade.
Continuando com o
estudo dos processos da transformação das impressões, prosseguirei
acrescentando mais alguma coisa. A
imagem de uma mulher luxuriosa chega à mente ou surge da mente. Tal imagem é uma impressão. Isto
é óbvio! Poderíamos transformar essa impressão luxuriosa através da
compreensão?
Sim, bastaria que
nesse instante pensássemos que ela um dia irá morrer e que seu corpo se tornará
pó no cemitério e se, com
a imaginação, víssemos seu corpo se desintegrando dentro do caixão, isto seria
mais do que suficiente
para transformar aquela impressão luxuriosa em castidade. Agora, se não a transformamos, se
somará aos outros eus da luxúria.
Convém que
transformemos as impressões que surgem na mente através da compreensão. Resulta altamente lógico que
o mundo exterior não seja tão exterior como normalmente se crê. Tudo o que nos chega do mundo é
interior porque nada mais são do que impressões internas.
Ninguém poderia
socar uma árvore, uma cadeira, uma casa, um palácio, uma pedra, etc., dentro de
sua mente. Tudo chega à
nossa mente na forma de impressões. Isso é tudo! Impressões de um mundo que chamamos externo,
mas que na realidade não é tão externo como se crê. Resulta impostergável que transformemos as
impressões através da COMPREENSÃO.
Se alguém nos cumprimenta e nos elogia, como poderíamos
transformar a vaidade que o adulador poderia provocar em nós? Obviamente, os elogios,
as adulações, não são
mais do que impressões que nos chegam à mente e esta reage na forma de vaidade.
Porém, se se
transforma essas impressões, a vaidade torna-se impossível. Como se
transformaria as palavras de um
adulador? Mediante a compreensão. Quando alguém compreende que não é mais do
que uma infinitesimal
criatura num lugar qualquer do universo, transforma de fato essas impressões de
louvor, de lisonja, em algo
diferente, converte tais impressões no que são realmente: pó, poeira cósmica.
Isto porque compreendeu a
sua própria situação.
Sabemos que a
galáxia em que vivemos é composta por milhões de mundos. O que é a Terra? Uma partícula de poeira
no infinito. E se víssemos que somos microorganismos dessa partícula? Então, o
quê?
Se compreendêssemos
isso quando nos estão adulando, faríamos a transformação dessas impressões de lisonja, de adulação
ou de louvor. Assim, como resultado, não reagiríamos de forma orgulhosa.
Quanto mais
reflitamos nisto, mais e mais veremos a necessidade de uma transformação
completa das impressões.
Tudo o que vemos
externo é interior. Se não trabalharmos com o interior, iremos pelo caminho do
erro porque não
modificaremos os nossos hábitos. Se quisermos ser diferentes, temos de nos
transformar integralmente e
devemos começar transformando as impressões.
Transformando as impressões
animais e bestiais em
elementos de devoção, ocorre em nós a transformação sexual, a transmutação.
Inquestionavelmente,
este aspecto das impressões merece ser analisado de uma forma clara e precisa." ( V.M. Samael Aun Weor )
A PERSONALIDADE
Antes de entrarmos na parte final desse tema, temos que saber o que é a PERSONALIDADE. Pode-se dizer que a personalidade é um veículo que começa a se formar após os 6 ou 7 anos de idade e ela se forma com os hábitos, costumes, convívio com os pais e amigos da escola, com as ideias etc., e vai definindo a sua forma com as experiências da vida. A personalidade é um veículo de expressão e de ação do ego. Em cada existência fabrica-se uma nova personalidade, de maneira que a personalidade é apenas um veículo com ações e reações mecânicas. Além da personalidade, existe os CENTROS PSICOFISIOLÓGICOS da máquina humana que correspondem ao (1)Centro intelectual, (2)Centro Emocional, (3)Centro Motor, (4)Centro Instintivo e (5)Centro Sexual. A persononalidade costuma conduzir as impressões que nos chegam para centros errados, desencadeando uma série de erros e enganos. A personalidade não consegue transformar as impressões, somente a Essência em nosso interior. Os ensinamentos do Mestre Samael Aun Weor visa justamente transformar as impressões que nos chegam através da Essência/Consciência, pois a personalidade não serve para isso.
"A personalidade, que
recebemos ou adquirimos, recebe as impressões da vida, mas não as transforma porque praticamente
é algo morto.
Se as impressões
caíssem diretamente sobre a ESSÊNCIA, é óbvio que seriam transformadas porque,
de fato, ela as depositaria
exatamente nos centros correspondentes da máquina humana.
Personalidade é o
termo que se aplica a tudo aquilo que adquirimos. É claro que a personalidade traduz as
impressões chegadas de todos os
lados da vida de um modo limitado e praticamente estereotipado, de acordo com
sua qualidade e
associação." ( V.M. Samael Aun Weor )
A Personalidade é uma Péssima Secretária.
"A este respeito, no
trabalho esotérico gnóstico, se compara muitas vezes a personalidade com uma péssima secretária
que está na sala de recepção e que se ocupa com todas as ideias, conceitos, preconceitos,
opiniões e prejulgamentos. Dispõe de muitíssimos dicionários, enciclopédias de
todo tipo, livros de
referência, etc. Porém, não sabe se colocar em comunicação correta com os TRÊS CENTROS, isto é, o MENTAL,
o EMOCIONAL e os CENTROS FÍSICOS ( instintivo, motor e sexual ).
Como consequência ou corolário, termina acontecendo que se põe em contato quase sempre com centros equivocados. Isto significa que as impressões que chegam são enviadas a
centros indevidos, isto é, a
locais que não lhes correspondem, produzindo, naturalmente, resultados enganosos.
Porei um exemplo
para que me entendam melhor. Suponhamos que uma mulher atenda com muita gentileza e respeito
a um cavalheiro. Claro que as impressões que ele está recebendo em sua mente
são recebidas pela
personalidade e esta as remete a CENTROS EQUIVOCADOS. Normalmente, as manda ao
centro sexual e o
cavalheiro chega a crer firmemente que a dama está enamorada dele. Logicamente,
não demorará muito e ele
se apressará em fazer-lhe algumas insinuações de tipo amoroso.
Indubitavelmente, se aquela dama
jamais teve esse tipo de preocupação pelo cavalheiro, não deixará de sentir-se,
com muita razão, surpreendida.
Este é o resultado da péssima recepção das impressões. Vejam vocês quão má secretária é a
personalidade.
Indiscutivelmente, a vida de um homem depende dessa secretária, a qual busca a
transformação em seus livros de referência sem compreender em absoluto o que
significa na realidade e em consequência o transmite sem se preocupar com o que possa
ocorrer, unicamente sentindo
que está cumprindo com o seu dever.
Esta é a nossa
situação interior. O que importa compreender nesta alegoria é que a
personalidade, que adquirimos e que
devemos adquirir, começa a tomar conta da nossa vida. Inquestionavelmente,
é inútil pensar que isto ocorra somente a certas e determinadas pessoas.
Acontece com todos, seja lá quem
for.
É plenamente
observável que existem numerosas reações características produzidas pelas
impressões que nos chegam.
Infelizmente, essas reações mecânicas nos governam. É claro que cada um é
governado pela sua própria vida e
não importa que se chame liberal ou conservador, revolucionário ou bolchevista
ou bom ou mau no
sentido da palavra.
É óbvio que essas
reações diante dos impactos do mundo exterior constituem a nossa própria vida.
A humanidade, neste
sentido, podemos afirmar de forma enfática, que é completamente mecanicista.
Qualquer um formou
durante sua vida uma enorme quantidade de reações; são as experiências práticas
de sua existência. É
claro que toda ação produz a sua reação, ações de certo tipo, e a tais reações
damos o nome de
experiências.
O importante seria
poder relaxar a mente a fim de melhor conhecer nossas ações e reações. Isto de relaxamento mental é
magnífico. Deitar-se na cama ou numa cômoda poltrona e relaxar todos os músculos
pacientemente. Depois, esvaziar a mente de todo tipo de pensamentos, desejos,
emoções, lembranças, etc.
Quando a mente está quieta, quando a mente está em silêncio, podemos conhecer
melhor a nós mesmos. Em
tais momentos de quietude e silêncio mental, é quando vimos a vivenciar de
forma direta o cru
realismo de todas as ações da vida prática.
Quando a mente se
encontra em absoluto repouso, vemos toda a multidão de elementos,
sub-elementos, ações, reações,
desejos, paixões, etc., como algo alheio a nós mesmos, mas que aguarda o
instante preciso para poder realizar
seu controle sobre nós, sobre nossa personalidade. Eis aqui o motivo pelo qual
vale o silêncio e a
quietude da mente. Obviamente, o relaxamento do entendimento é benéfico no
sentido mais completo da palavra,
pois nos conduz ao auto-conhecimento individual.
Assim é que toda a
vida, isto é, a vida exterior, o que vemos e vivemos, é para cada pessoa a sua
reação às impressões que
chegam do mundo físico.
É um grande erro
pensar que o que é chamado vida seja uma coisa fixa, sólida, a mesma coisa para qualquer pessoa.
Certamente, não há uma só pessoa que tenha as mesmas impressões que outra, no
que diz respeito à vida
existente no gênero humano, porque são infinitas.
Nossas impressões da
vida são certamente a vida. É claro que podemos, se nos propomos, transformar
tais impressões. Porém,
como já foi dito, esta é uma ideia muito difícil de entender ou compreender
devido a que o hipnotismo dos
sentidos é muito poderoso.
A mente está
enfrascada no mundo dos cinco sentidos e não atina compreender como poderia se
tornar independente deles;
crê firmemente que é um DEUS. Nossa vida interior, a verdadeira vida de
pensamentos e sentimentos, segue
sendo confusa para as nossas concepções meramente raciocinativas e
intelectivas.
Não obstante, ao
mesmo tempo, sabemos muito bem que o lugar onde realmente vivemos é no nosso mundo de pensamentos
e sentimentos. Isto é algo que ninguém pode negar.
Nossas impressões
são a vida e elas podem ser transformadas. Temos de aprender a transformar as
nossas impressões, porém
não será possível transformar coisa alguma se continuarmos apegados ao mundo
dos cinco sentidos.
Como disse em meu
tratado de PSICOLOGIA REVOLUCIONARIA, a experiência ensina que se o trabalho
esotérico gnóstico é negativo, isso se deve a própria culpa.
Do ponto de vista
sensorial, é esta ou aquela pessoa do mundo exterior, que se vê ou que se ouve
com os olhos e os ouvidos,
quem tem a culpa. Essa pessoa dirá por sua vez que nós é que somos os culpados.
No entanto, a culpa
está nas impressões que nós temos das pessoas. Muitas vezes pensamos que alguém
é um
tipo perverso quando
no fundo é uma mansa ovelha.
Convém muito
aprender a transformar todas as impressões que tenhamos sobre a vida. Temos de aprender a
receber com agrado as manifestações desagradáveis de nossos semelhantes". ( V.M. Samael Aun Weor )
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